sexta-feira, 16 de maio de 2008

Moldura

Eu sou a tua proteção,
teu inimigo que te circunda esperando a tua queda.
Respiro tuas frágeis dores nas paredes que te confinam.
Eu te dou a espada e a batalha,
eu sou o teu direito de ser o mal,
as tuas faces sem ensaios, sem despedidas.
Faço o teu certo e sólido se evaporar, ir embora,
gosto de sentir tua raiva, gosto de ser tua transformação,
tirar os pés do chão e correr na contra mão.
Sou o impossível e necessário.
Dizem até que sou a loucura,
mas sou só uma tesoura pra cortar as roupas que te amarram.
Eu sou palavras acometidas por pulsos, coração,
sou a tinta pra pintar o quadro,
eu sou a dança no ritmo mais desejado..
Vou te levar ao fim do mundo,
melhor pra você ir embora..
As viagens não findam e eu sou o guia ao errado.

3 comentários:

Janaina Nascimento disse...

"poesia é escrita e cabe àquele que se sente bem com ela.. é como um quadro."

Anônimo disse...

Eu aprendi que nao importa quanta seriedade a vida exija de voce, cada um de nos precisa de um amigo brincalhao para se divertir junto.

Janaina Nascimento disse...
Este comentário foi removido pelo autor.