domingo, 28 de dezembro de 2008

o mesmo erro. mas, talvez um dia..

acho que você, um dia aqui e outro acolá saltitando pela vida, deve ter topado com pessoas que não pareciam sofrer.
é, aqueles irmãos de chão (ou de céu) que não são muito parecidos com você. sempre invisíveis, neles também habitam qualquer coisas de risos leves e choros descontrolados tão bem confinados dentro de seu ar monocromático que você nem percebe o tamanho das nuances por trás.
raramente deixei de fechar as janelas pelos ventos.. ou raramente escondi - em momentos puramente despercebidos - o quanto qualquer olhar bobo que me abraçava, balançava.
se esse tipo de pessoa não tiver nenhuma distorção psicologica... bom,
arrasto o erro que me era tão mais comodo.. escondo na fossa do coração tudo que meu olhar deseja,..
se a culpa inquieta, se os domingos programados de liberdade não satisfazem mais, se já não consigo achar bons motivos (ou motivos claros) para continuar meu romance comigo.. algo que começou há tanto, numa simbiose que fazia até meu corpo mudar.. por favor, há horas em que esses pobres - sim, pobres - indivíduos, dotados de qualquer repetencia de sentimentos, chegam as dores por não quererem ser.
pena, pena que eu não tenha palavra. pena que sem uma mão eu vá me perder em qualquer boa concha solitária que me for conveniente de novo.

quero voltar a sera boa observadora de sempre, sem sofrer com isso.
se a dor por não me deixar viver dói tanto, como será a da vida?
eu assisto enquanto minha bomba não explode...

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